Hipercloridria: quando o excesso de ácido pede atenção
- Bruna Ferrete
- 28 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de fev.
Você já teve aquela sensação de queimação no estômago que simplesmente não passa? Ou talvez precise tomar antiácido com frequência porque a azia insiste em aparecer? Esses sinais podem estar te alertando sobre um problema chamado hipercloridria que é a produção excessiva de ácido gástrico pelo estômago.
Embora a função do ácido gástrico seja essencial para nossa digestão, quando ele está em excesso, a situação sai do controle. Para facilitar, pense no estômago como um local onde ocorre uma queima controlada. O ácido é necessário para digerir proteínas e combater bactérias que ingerimos com os alimentos. Mas, se há produção demais, ele começa a escapar do controle e causar danos, como queimações e refluxo. Vamos entender melhor?

O que pode causar essa condição?
O desequilíbrio na produção de ácido gástrico pode ter várias origens, entre elas:
Estresse e ansiedade crônicos: nosso corpo, quando constantemente em alerta, pode reagir aumentando a produção de ácido.
Consumo excessivo de cafeína e álcool: ambas as substâncias estimulam o estômago, incentivando a produção de mais ácido.
Uso de medicamentos: anti-inflamatórios não esteroidais (ibuprofeno, aspirina) e corticosteróides, que afetam a proteção da mucosa gástrica.
Infecção por H. pylori: normalmente associada à redução de ácido, pode, em alguns casos, aumentar a acidez.
Alimentação desequilibrada: alimentos muito gordurosos, condimentados ou industrializados podem provocar irritação gástrica e estímulo ácido.
Como reconhecer os sinais da hipercloridria?
Os sintomas geralmente aparecem na forma de:
Queimação no estômago ou esôfago;
Refluxo ácido frequente;
Desconforto ou dor abdominal;
Náusea, principalmente depois de comer;
Sensação de má digestão ou peso no estômago;
Arrotos e gases excessivos.
Se isso soa familiar, talvez o ácido gástrico esteja indo além da conta.
Por que a hipercloridria merece atenção?
Além do incômodo, o excesso de ácido pode levar a condições mais graves, como:
Gastrite: inflamação do revestimento gástrico.
Refluxo gastroesofágico (RGE): o ácido que "sobe" para o esôfago pode causar inflamações crônicas.
Úlceras gástricas: pequenas lesões que surgem pela irritação contínua.
Desconfortos relacionados à tireoide: o equilíbrio ácido no estômago influencia a absorção de nutrientes essenciais como ferro e selênio, que são importantes para a função tireoidiana.
Alergias alimentares: problemas gástricos podem alterar a digestão de proteínas, contribuindo para reações imunológicas exageradas.
O tratamento nutricional pode fazer toda a diferença
Cuidar da alimentação é uma forma poderosa de aliviar os sintomas e evitar complicações. Eis algumas orientações que podem ajudar:
Evitar gatilhos: alimentos ácidos (como frutas cítricas), cafeína em excesso, alimentos muito gordurosos, industrializados e condimentos irritantes.
Focar em alimentos calmantes: vegetais cozidos, chás como camomila e erva-doce, e carboidratos complexos como batata-doce e aveia.
Reparar e proteger com aloe vera: você sabia que o gel da aloe vera é excelente para aliviar a acidez e reparar danos no revestimento gástrico? Ele age como um "calmante natural", protegendo a mucosa do estômago e ajudando a reduzir inflamações.
Quando precisei ajustar minha dieta devido ao impacto de medicamentos para tratar uma doença autoimune, notei como os cuidados com o estômago transformaram minha qualidade de vida. Os sintomas que eu encarava como "normais" simplesmente desapareceram e hoje me sinto muito melhor — sem falar na disposição que voltou!
Chegou a hora de dar um basta no desconforto
Sentir queimação ou azia constante não é normal, e ignorar esses sinais pode comprometer sua saúde. Pequenos passos, como buscar orientação nutricional e cuidar do estresse, podem mudar completamente o jogo para você.
Que tal começar essa mudança hoje? Seu bem-estar merece essa atenção. Bora cuidar do estômago?
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o seu nutricionista para entender melhor sobre a Hipercloridria.
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